Lendas dos Orixás
Neste espaço você vai conhecer um pouco sobre as lendas originais dos orixás.
​
Como OXALÁ se Tornou
o Pai da Criação
​
IEMANJÁ, a filha de Olorum, foi escolhida por Olorum para ser a mãe dos orixás. como ela era muito bonita, todos a queriam para esposa; então, o pai foi perguntar a Orumilá com quem ela deveria casar. Orumilá mandou que ele
entregasse um cajado de madeira a cada pretendente; depois, eles deveriam passar a noite dormindo sobre uma pedra, segurando o cajado para que ninguém pudesse pegá-lo. na manhã seguinte, o homem cujo cajado estivesse florido seria o escolhido por Orumilá para marido de IEMANJÁ. Os candidatos assim fizeram; no dia seguinte, o cajado de OXALÁ estava coberto de flores brancas, e assim ele se tornou pai dos Orixás.

A LENDA DA GARRAFA
​
Iemanjá era filha de Olokum, deus (em Benim) ou deusa (em Ifé) do mar. Iemanjá foi casada com Orumila, deus da adivinhação mais tarde casou dom Olofin, Rei de Ifé, com que teve dez filhos, que correspondem a Orixás.
Iemanjá foge em direção a oeste, pois se cansara de Ifé. Olokum lhe dera uma garrafa contendo um preparado para usar se precisasse, ela deveria quebrar somente em caso de extremo perigo.
Iemanjá foi viver no entardecer da terra, o oeste Olofin Odùduà, Rei de Ifé, põe todo o seu exército a procura de sua mulher. Iemanjá cercada resolve quebrar a garrafa conforme lhe foi dito. No mesmo instante criou-se um rio levando Iemanjá para Okun, o oceano, lugar onde vive Olokun.

A Reunião dos Orixás
Logo que todos os Orixás chegaram à terra, organizavam reuniões das quais mulheres não podiam participar. Oxum, revoltada por não poder participar das reuniões e das deliberações, resolve mostrar seu poder e sua importância tornando estéreis todas as mulheres, secando as fontes, tornando assim a terra improdutiva. Olorum foi procurado pelos Orixás que lhe explicaram que tudo ia mal na terra, apesar de tudo que faziam e deliberavam nas reuniões. Olorum perguntou a eles se Oxum participava das reuniões, foi quando os Orixás lhe disseram que não. Explicou-lhes então, que sem a presença de Oxum e do seu poder sobre a fecundidade, nada iria dar certo. Os Orixás convidaram Oxum para participar de seus trabalhos e reuniões, e depois de muita insistência, Oxum resolve aceitar. Imediatamente as mulheres tornaram-se fecundas e todos os empreendimentos e projetos obtiveram resultados positivos. Oxum é chamada Iyalodê , título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre as mulheres da cidade.

​
Xangô cumpre a promessa
feita a Oxum
​
Quando Xangô pediu Oxum em casamento, ela disse que aceitaria com a condição de que ele levasse o pai dela, Oxalá, nas costas para que ele, já muito velho, pudesse assistir ao casamento. Xangô, muito esperto, prometeu que depois do casamento carregaria o pai dela no pescoço pelo resto da vida; e os dois se casaram. Então, Xangô arranjou uma porção de contas vermelhas e outra de contas brancas, e fez um colar com as duas misturadas. Colocando-o no pescoço, foi dizer a Oxum: “- Veja, eu já cumpri minha promessa. As contas vermelhas são minhas e as brancas, de seu pai; agora eu o carrego no pescoço para sempre.”

A Missão de Iansã
Xangô enviou-a em missão na terra dos baribas, a fim de buscar um preparado que, uma vez ingerido, lhe permitiria lançar fogo e chamas pela boca e pelo nariz. Oiá, desobedecendo às instruções do esposo, experimentou esse preparado, tornando-se também capaz de cuspir fogo, para grande desgosto de Xangô, que desejava guardar só para si esse terrível poder. Iansã foi, no entanto, a única das mulheres de Xangô que, ao final do seu reinado, segui-o na sua fuga para Tapa. E, quando Xangô recolheu-se para baixo da terra em Kossô, ela fez o mesmo em Irá.

Como Ogum virou Orixá.
​
Após instalar seu filho no trono de Irê, Ogum voltou a guerrear por muitos anos. Quando voltou a Irê, após longa ausência, ele não reconheceu o lugar. Por infelicidade, no dia de sua chegada, celebrava-se uma cerimônia, na qual todo mundo devia guardar silêncio completo. Ogum tinha fome e sede. Ele viu as jarras de vinho de palma, mas não sabia que elas estavam vazias. O silêncio geral pareceu-lhe sinal de desprezo. Ogum, cuja paciência é curta, encolerizou-se. Quebrou as jarras com golpes de espada e cortou a cabeça das pessoas. A cerimônia tendo acabado, apareceu, finalmente, o filho de Ogum e ofereceu-lhe seus pratos prediletos: caracóis e feijão, regados com dendê, tudo acompanhado de muito vinho de palma. Ogum, arrependido e calmo, lamentou seus atos de violência, e disse que já vivera bastante, que viera agora o tempo de repousar. Ele baixou, então, sua espada e desapareceu sob a terra. Ogum tornara-se um Orixá.

Oxum engana Obá
​
Em certa ocasião, era a vez de Oxum cozinhar para Xangô, mas como queria pregar uma peça em Obá, terceira esposa de Xangô, cobriu suas orelhas com um pano e disse a Obá que preparou a comida de Xangô com suas orelhas, para que este se apaixonasse ainda mais por ela, mas eram cogumelos. Xangô comeu a comida e ficou maravilhado.
Obá por sua vez, corta uma de suas orelhas e coloca na comida de Xangô, que fica enfurecido ao ver o que ela havia feito. Oxum gargalhava tirando o lenço e mostrando as orelhas a Obá. A terceira esposa, então furiosa, ataca Oxum, mas Xangô lança raios sobre elas que fogem ambas se tornando rios.
Dizem que até hoje onde estiver Oxum, Obá não se manifesta.

Ossain conhece o Nome
de todas as Plantas.
​
Ossain já possuía conhecimento em de algumas plantas e de suas propriedades, pois já as estudava com afinco, certo dia ao passar na região de lòrun (é uma rocha que está no meio do percurso entre o céu e a Terra) ele encontrou o Orixá Orunmila que descia do céu carregando inúmeras folhas:
Ossain aonde vai? – interrogou Orunmila
Irei buscar folhas para fazer alguns remédios para alguns doentes na Terra. – respondeu Ossain
Vendo a dedicação do Orixá aos seres humanos, Orunmila que descia com todas as espécies de folhas para nomeá-las o convidou para que ele pudesse ter conhecimento delas no momento de sua nomeação, e foi assim que Ossain aprendeu o nome das plantas e de seus segredos. Os dois Orixás desceram com as folhas para a Terra e as espalharam pelo planeta.

Ossanha prende oxossi na mata
Certo dia oxossi saiu para caçar, Iemanjá sua mãe proibiu oxossi de caçar nas profundezas das matas, pois la se escondia um perigo, oxossi teimoso como sempre desobedeceu sua mãe e foi de mata a dentro caçar, logo entre as folhas surge um homem alto bonito e falou que precisava muito de uma companhia pois vivia sozinho na floresta, oxossi se recusou e no dia seguinte oxossi tornou a voltar na mata e avistou o homem das folha novamente e sérvio a oxossi uma bebida oxossi bebeu e a partir desse momento oxossi começou a viver nas matas e esqueceu de sua mãe e de seu irmão Ogum, e começou a morar nas na floresta , Iemanjá preocupada com o sumiço do filho pediu a Ogum procurar oxossi, Ogum quando encontrou oxossi viu que o irmão não era mais o mesmo e tinha se acostumado com as matas e falou para Iemanja que oxossi foi enfeitiçado por Ossanha o orixa das folhas,e até hoje oxossi anda junto com ossanha nas matas, ossanha é as folhas e oxossi a madeira da arvore sempre andam juntos.

AS DUAS MÃES
DE OBALUAIÊ
​
Filho de Oxalá e Nanã nasceu com chagas, uma doença de pele que fedia e causava medo aos outros, sua mãe Nanã morria de medo da varíola, que já havia matado muita gente no mundo. Por esse motivo Nanã, o abandonou na beira do mar. Ao sair em seu passeio pelas areias que cercavam o seu reino, Iemanjá encontrou um cesto contendo uma criança. Reconhecendo-a como sendo filho de Nanã, pegou-a em seus braços e a criou como seu filho em seus seios lacrimosos.
O tempo foi passando e a criança cresceu e tornou um grande guerreiro, feiticeiro e caçador. Se cobria com palha da costa, não para esconder as chagas com a qual nasceu, e sim porque seu corpo brilhava como a luz do sol. Um dia Iemanjá chamou Nanã e apresentou-a a seu filho Xapanã, dizendo: Xapanã, meu filho receba Nanã sua mãe de sangue. Nanã, este é Xapanã nosso filho. E assim Nanã foi perdoada por Omulu e este passou a conviver com suas duas mães.
